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 The Hell Verse

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Rukia-nee-san
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Rukia-nee-san


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MensagemAssunto: The Hell Verse   The Hell Verse Icon_minitimeSex 15 Ago 2014 - 17:20

Capítulo 5 - A Chuva de Ichigo

- Droga Renji, agora não é tempo para isto!

- Apenas me diga o que eu quero saber e eu paro, Ichigo. O que te está prendendo? Eu só quero a verdade.

Ichigo estava muito fraco.

Nunca lhe tinha acontecido isso.

Ele não a pode proteger.

- A culpa foi minha.

Renji parou de atacar ao ouvir o Kurosaki começar a falar. O shinigami tatuado constatou os olhos acastanhados do amigo escurecerem, sem o único requisito de um mísero brilho. As madeixas ruivas cobriram a face contorcida em culpa. O tenente viu quando Ichigo, dedo a dedo, largou o cabo de sua espada a deixando desabar no pavimento

O substituto de shinigami ouvia a voz do Zangetsu ecoar nas profundezas de sua alma, enquanto seu consciente estava submerso no mar de seu mundo interior, provocado pelas chuvas intensivas do estado abatido do ruivo.

"Eu odeio a chuva, Ichigo… Quando estás triste, a chuva vem….

Quando ficas sério, o tempo fica nublado.

Aqui também chove. E eu não suporto isso.

Consegues compreender?

Como é ruim enfrentar a chuva quando estás completamente sozinho em um mundo vazio?

Eu vou-te emprestar todo o poder que tu precisares!

Para evitar que isto aconteça…

Eu não deixarei cair sequer uma gota do céu!

Se confiares em mim…

Confia em mim…

Não estás sozinho na batalha….

Ichigo!”

O Kurosaki sentiu-se atordoado, ele era o responsável pelo sofrimento de sua própria zanpakutou. Que tipo de shinigami ele era? Não protegera a mulher que amava e inundava a casa de um de seus maiores conselheiros e amigos. Zangetsu não merecia ser punido por ele não conseguir controlar o seu sofrimento.

O ruivo permitiu-se afundar naquelas águas que representavam seu atribulado coração... Sentia-se levitar, e por momentos, encontrou alguma paz interior.



Quando fechou os olhos, a figura de uma mulher penetrou na sua mente. Ela é um pouco pequena, de cabelos morenos e usa um kimono negro. Tem um temperamento alto e uns olhos orgulhosos. Recordava-se de seus dias juntos. Dias em que confiavam suas vidas um ao outro, quando se cortavam com suas espadas. Não há forma nenhuma de ele esquecer-se dela, ele conhecia essa mulher. As recordações esculpidas nas profundezas da minha alma estavam a flutuar... Rukia.



Ao reabrir as pérolas castanhas, o ruivo deparou-se com a sua zanpakutou tentar alcança-lo com a mão, tentando salvá-lo da penumbra que cobriu seu espírito. Porém, não era mais necessário e Zangetsu entendeu isso, sorrindo em sua direcção. A figura do moreno desapareceu e Ichigo percebeu que abandonava seu mundo interior, mas não partiu sem antes ver o sol romper os céus azulados.

Ele fora salvo por aquela baixinha.

Os momentos que passaram juntos, protegeram-no.

E agora era a vez dele a resgatar.

Porque ninguém mexia com Kuchiki Rukia sem ter que se haver com Kurosaki Ichigo.

- Do que estás a falar?

A voz de Abarai despertou o shinigami, acordando-o para o mundo real.

- Eu estava lá, Renji! Ali mesmo, e eu não pude sentir a porcaria de uma reaitsu quando o pecador se aproximou e a levou embora!

- Wow, desacelera… Dizes que um pecador raptou a Rukia e que tu estavas lá quando isso aconteceu?

-Sim, o Urahara reconheceu o poder maligno no local… E eu estava dormindo na hora em que tudo aconteceu.

Confessou amargurado. Sentou-se no chão e limpou a garganta, relatando a história toda ao Renji, sem omitir um único pormenor. Quando ele acabou seu mónologo, Renji suspirou e olhou para Ichigo com uma expressão que o Kurosaki não soube decifrar. Perderam-se mais alguns minutos para aproveitaram uma reflexão profunda, até que finalmente o tenente se levantou, encarou Ichigo e… sorriu?

- O que estás a fazer aí deprimido jogado num canto? Temos coisas a fazer, moranguinho apaixonado. Temos uma donzela em perigo para resgatar.

Repreendeu Renji com humor. Demorou alguns segundos para o ruivo assimilar as palavras de Abarai, para logo um enorme sorriso rasgar o seu rosto e se erguer empolgado.

- Sim, nós os dois damos conta de todo o Inferno.

Ichigo não queria admitir mas estava feliz por não estar sozinho nessa perigosa aventura. Porém, um pensamento invadiu sua mente, mobilizando-o no sítio em que estava, e olhou apreensivo na direcção de seu comparsa.

- E o Byakuya?

O tenente estava inexpressivo, procurando uma desculpa adequada contudo nada lhe surgia. Suspirou longamente, aceitando revelar a verdade.

- Eu só vou dizer ao capitão o que tu me disseste que ias fazer, e que vou junto para me certificar que tu não matas a Rukia como um idiota. Tenho a certeza que ele vai adorar a ideia….

- Faz o que tens de fazer Renji. Só não te demores muito, se não vou sem ti.

Ichigo ficou rabugento por ter sido rebaixado a um idiota incompetente, mas valeu a pena, se isso significava que ele poderia ir atrás de Rukia sem ninguém para impedi-lo e ainda um aliado que poderia velar pelas suas costas.

Rengi gargalhou com a expressão carrancuda de seu amigo, decidindo-se concentrar por um momento e formar uma borboleta infernal para ser a sua mensageira e de seguida, esta desapareceu.

- Vamos.



I&R



Kaien e Rukia trocavam olhares decepcionados. Ele tentava encontrar no olhar violeta algum sentimento afectivo oculto. Ela, por sua vez, cavava nas íris negras procurando desesperadamente alguma humanidade do homem que conheceu e admirou em tempos remotos.

O pecador encarava a fisionomia pequena da mulher, sonhando em pensamentos. Viajando num futuro que eles poderiam compartilhar, se não fosse o trágico dia em que tudo mudou. Ele morreu, e surgiu o outro para ocupar o seu lugar.

Deu um discreto sorriso de puro escárnio ao analisar a situação. Eles eram idênticos, se não fosse a diferença da cor de cabelo, diria até que era um irmão gémeo desconhecido. Porém, eram tio e sobrinho. Familiares que disputavam a mesma mulher, um cenário desagradável, cujo destino só pode ter um final drástico. Separação, ódio, mágoa, rancor.

Kaien não considerava seu sobrinho irresponsável apto para a encantadora morena. O pecador considerava-se o único homem apropriado para a mulher. Eles eram duas almas em sincronia, a prova disso eram as suas próprias zanpakutous. Gelo e Água. Nejibana e Sode no Shirayuki. Os ataques de ambas as espadas se assemelhavam a uma dança, de tão delicados, mas fatais, que eram executados os seus golpes. A dança da água e do gelo. A junção dos dois poderes era encantadoramente perfeita.

- Porquê?

A voz suave da morena tilintou nos ouvidos do ex shinigami, fazendo-o por um breve momento arrepender-se das medidas drásticas de seu plano. Mas era necessário. Ele não podia desistir, abdicou de muito para conseguir o que pretendia e não iria resignar-se

- Porque fazes isto? O que ganhas ao aliar-te aos pecadores?

- Eu faço o que é preciso fazer, e nada mais do que isso.

- Como assim? Qual é o vosso plano?

- Os planos de Kokuto-sama não te dizem respeito.

Rukia ia voltar a pronunciar-se mas o rangido rouco da porta interrompeu a sua fala.

- Kaien-san está na hora.

- Certo.

- Hora do quê?

- Perdoa-me Rukia…



I&R



- Então… É esta a montanha, Ichigo?

Os dois shinigamis olharam para a gigantesca montanha na frente deles, Urahara não estava a ironizar quando disse que seu pico estava nas nuvens.

- Parece que sim.

- E eu suponho que nós temos que, tu sabes… Subir este monstro?

- Não vejo outra alternativa. Corrida até o topo!

Kurosaki gritou, sua fadiga substituída por um sorriso maníaco competitivo. Da forma como o ruivo era, subiu rapidamente a montanha, fantasiando as zombarias que faria com o tenente que ficara para trás.

- Ichigo provavelmente devemos… Ah, dane-se!

Os dois corriam até a montanha numa velocidade surpreendente, impulsionados pelo desejo de alcançarem o topo em primeiro lugar. Quando os shinigamis terminaram sua corrida e chegaram ao cume da montanha, eles ficaram estupefactos ao descobrir que não era somente nuvens e ar que estavam no seu destino. Também havia um dojo enorme situado em uma clareira que nitidamente tinha sido criada por kido. Irrequietos com o que deviam fazer, os ruivos optaram por caminhar até ao edifício. Pararam na frente da porta, uns segundos antes de bater, trémulos do que poderiam encontrar depois de abrir o objecto de madeira. Um silêncio constrangedor pairou momentaneamente, quebrado por uma voz soar dentro do prédio.

- Ichigo Kurosaki, Substituto de Shinigami; Renji Abarai tenente do Sexto Esquadrão, entrem.

Os dois amigos olharam-se apreensivos, antes de jogarem a precaução para o vento e adentrarem pela porta. Porém, o que eles viram na sua frente, ou mais precisamente quem eles viram, os congelou no lugar.

- Pai?

- Capitão Kuchiki?

Parecia impossível para ambos, mas com certeza sentados de pernas cruzadas para eles estavam Byakuya Kuchiki e Isshin Kurosaki. Os dois homens responderam ao chamado empunhando suas respectivas zanpakutous, ficando em posição de luta contra Ichigo e Renji que estavam cada vez mais incrédulos com tudo o que acontecia.

Os dois homens, cruzaram espadas, e golpearam os jovens shinigamis, que bloquearam o ataque conjunto por reflexo. Ainda amedrontados e ignorantes do que acontecia, algo mexeu profundamente dentro de Ichigo, e o tempo congelou em torno dele.

- Ichigo.

Uma voz familiar pronunciou-se, o ruivo se virou e encarou Zangetsu em sua forma de espírito.

- Velho, o que raios se passa aqui?

- Este é um teste da tua determinação Ichigo, da tua vontade de resgatar Rukia do Inferno.

- Como lutar com o meu pai é um teste de determinação? Não posso assassiná-lo de qualquer maneira… Ele é o meu pai!

- Moleque és mais esperto do que isso. A força de tua vontade é indestrutível, se houver mesmo algo pela qual lutarás, seja grande ou pequeno, tu vencerás. Sempre.

Zangetsu olhou para o ruivo austero, como se o advertisse por não descobrir aquele detalhe por iniciativa própria. Kurosaki começou a entender o que a sua zanpakutou tentava transmitir, e uma misteriosa luz surgiu em seu olhar achocolatado, ofuscando quem o encarasse.

- Deves endurecer o coração a cada desilusão, a cada golpe e a cada inimigo. Confia em tua alma para saberes qual é a verdade e não pares até cortares tudo o que está a mais entre ti e o teu objectivo. Isso é o quão forte deve ser a tua determinação, para tu teres uma chance nos confins do Inferno.

O tempo descongelou, começando a avançar novamente e num rápido olhar sob Abarai, Ichigo confirmou a sua suspeita de que Zabimaru também deu ao tenente uma valente repreensão. Com o renovar dos guerreiros e com o corte das ilusões na frente deles, permitiram-se suspirar de alivio.

Infelizmente para ambos, o prazo do teste não acabou. Agora de pé, diante deles surgiu uma única figura, que parecia uma combinação de Ichigo e Renji: um homem vestido de negro, envolto com uma gola de pele no pescoço, segurando uma katana com um punho negrume e uma lâmina feita de osso. A reaitsu começou a crepitar em torno desta nova ameaça, os dois shinigamis tomaram as suas próprias posições, convictos que este adversário não seria a última batalha.
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