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 A História de Karin

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Rukia-nee-san
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Rukia-nee-san


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MensagemAssunto: A História de Karin   A História de Karin Icon_minitimeSáb 11 Out 2014 - 10:16

Capítulo 17 - Silêncio da Incerteza

Soul Society




Toushirou deslocava-se para o quarto esquadrão. Depois de ter passado uma manhã cansativa a terminar os relatórios em atraso e ido às várias reuniões convocadas pelo Comandante, finalmente poderia visitar Karin.

Não que ele estivesse desejoso para vê-la. Afinal ela era sua subordinada, e teria de velar pela sua segurança, principalmente porque o responsável ser ele por ela ter ficado internada. Se não tivesse-se descontrolado, ela não teria ficado ferida. No fundo, Toushirou sabia que todas aquelas razões esfarrapadas era para sossegar sua cabeça, o verdadeiro motivo para ele correr disparado para a divisão médica não era esse. Porém ele também não sabia ao certo o que poderia ser…

Amor? Duvidava disso, talvez uma súbita atracção. Ele amara Hinamori e saiu dolorosamente ferido, seria um covarde se receasse voltar a sair magoado? Hitsugaya temia o sentimento que crescia cada vez mais quando seus olhos se chocavam com o mar ónix… Se ele amasse Karin isso significava que nunca amou a sua amiga de infância. Desde alguns dias que ele percebera que sua ligação arrebatadora pela Kurosaki era muito mais profunda do que aquela que compartilhou com a tenente.

Toushirou prosseguia seu caminho até o esquadrão de Unohana, ignorando os olhares de assédio das mulheres. Isso de certa forma irritava o capitão, eram vulgares. Os olhos delas cintilavam de cobiça, enjoando o albino. Será que elas não tinham dignidade ou o mínimo de pudor?

Toushirou antes de adentrar pelos portões do quarto esquadrão sente-se estranho. Uma dor pontiaguda em sua cabeça. Parecia que seus nervos estavam descontrolados dando orientações erradas a todo o seu corpo. Sempre que o capitão queria mexer um braço, por algum motivo era a sua perna esquerda que se movia, como se o seu cérebro trocasse as suas funções.

O albino começou a cogitar que deveria conversar com a capitã Unohana, mas ao reparar que a dor desaparecera e que tudo voltou a funcionar correctamente ele desistiu dessa ideia.

- A Matsumoto deve ter aprontado alguma… Cabeça no ar como ela é, deve ter posto álcool por engano na minha comida…

Esquecendo completamente o episódio anterior, Hitsugaya dirige-se ao quarto de Karin.

Ao abrir a porta é agradavelmente surpreendido com uma Karin apreciando a vista pela janela, seu cabelo solto balançando em sincronia com o vento.

Instintivamente, o capitão corou atordoado pela imagem que lhe era apresentada. A shinigami ficava diferente com as madeixas negras livres, formosa. Embriagado, seguiu atentamente o movimento da mão dela, que delicadamente ajeitou alguns fios de cabelo por detrás da orelha, despindo a bochecha de toda a franja, permitindo a visão nítida do róseo de sua face.

Karin moveu a cabeça acabando por deparar-se com o Toushirou imóvel, perto da porta. Ficou completamente surpresa, afinal nem sequer o percebeu a entrar, estaria assim tão distraída? Sob o olhar arregalado, o albino decidiu voltar à sua antiga postura. Só porque divagava sobre ela, não quer dizer que Karin tivesse de saber isso.

- Toushirou!

- Como estás?

- Muito melhor! A Capitã Unohana diz que terei alta em breve.

- Que bom. E desculpa…

- A que te referes?

- Deveria ter controlado melhor a minha reaitsu. Fui imprudente.

- Não te culpes Toushirou, tu salvaste-me! Imagina se não tivesses usado todo o teu poder por minha causa? Poderíamos ter morrido os dois.

- Se eu tivesse-me descontrolado mais, tu morrerias.

- Eu confio em ti Toushirou, sei que nunca me machucarias.

Hitsugaya não evitou sorrir discretamente quando escutou as palavras dela. Ela confiava nele… Incrível como a Karin não o conhecia há tanto tempo assim mas acreditava plenamente nele, quando a própria Hinamori desconfiou dele. Sentia-se horrível por compará-las dessa forma mas era a realidade. Afinal porque ela tanto cria nele? Nunca lhe dera motivos para isso, mas ainda assim Karin depositava sua esperança em si. E mesmo não dizendo, o capitão confiava nela como nunca o fez com ninguém. Seria errado ele afirmar que a amava? Que quando se beijaram ele foi possessivo a ponto de pensar que ela era dele e somente dele?

- Karin…

- O quê Toushirou?

- Eu preciso dizer-te algo…

- Desculpem interromper.

Rapidamente os dois romperam seu contacto visual, virando-se para a direcção em que a voz intrometida soara. Era Hinamori, provavelmente rasteou a reaitsu do capitão e veio ter ao seu encontro. Mas o que mais chamou a atenção de ambos foi o novo penteado de Momo.

- Hinamori?

- Shirou-chan!

- Pára de me chamar assim Hinamori. A propósito, o que fixes-te ao cabelo?

- Está bonito, não achas? Estou a usar a prenda que me deste, lembras-te?

Momo rodopiou pela sala exibindo o novo perfil, sorrindo enquanto desviava o olhar por vezes para Karin que estava incomodada. Toushirou só agora reparou no pormenor do cabelo, perdendo-se em memórias. Claro que lembrava, foi o único presente que dera em sua vida… A sua vovó de Rukongai o convenceu a isso para tentar animar Hinamori que andava deprimida à consecutivos dias. Momo não perdeu a oportunidade para tornar o ambiente mais desagradável, falando por fim com Karin.

- Kurosaki-san já sei que melhorou, fico muito feliz por si.

- Obrigada tenente Hinamori.

- Eu preciso de falar com o Shirou-chan, não se importa?

- Não… Estejam à vontade.

- Eu volto mais tarde, Karin.

- Aguardarei o seu retorno, capitão.

Momo puxou Toushirou pelo braço o arrastando para fora da divisão. Karin encarava cabisbaixa a porta, ela também queria passear com o seu capitão, mas o seu estado actual a impossibilitava disso. No fundo ela esperava que aquela tristeza fosse toda por causa de seu ciúme absurdo. Ela iria esperar o seu regresso. Afinal ele prometeu que voltaria não é mesmo? Ele não seria capaz de a abandonar, seria?

Karin foi arrebatada para seu mundo interior, vendo Fujin dirigir-se a si com uma feição dramática, alarmando a shinigami. Todo o desassossego das duas estava transfigurado no local nublado. A Kurosaki sentia-se como se estivesse a ser afogada no ar.

- Karin, eu te trouxe aqui porque tenho algo a revelar.

- O que aconteceu Fujin? Estás a assustar-me!

- Pressinto que algo de grave irá acontecer e que isso te inclui…

- O que poderá ser?

- Não sei, mas suponho que o capitão também estará envolvido.

- O Toushirou!? Fujin tu sabes de algo? Por favor me conta, eu preciso de saber!

- Tudo a seu tempo pequena. Na hora certa saberás tudo.

- Na hora certa? Ou seja quando o caos tiver iniciado!?

- Confias em mim Karin?

- Claro que sim!

- Então acredita no que eu digo: tu não estás pronta. Aliás nenhum dos dois está…

- O que queres dizer com isso Fujin?

- Até breve, pequena shinigami.

- Espera!

Fujin novamente se encontrava sozinha sorrindo, ela sabia que sua mestre e o capitão venceriam as adversidades, ela sentia isso. E teve vontade de rir ao recordar a simbologia do nome da Kurosaki: pêra. O sabor desse fruto perdurava até depois da morte. Seria coincidência ou premonição?

- A morte é apenas o início, Karin.

Aquele casal tornar-se-ia imortal, o seu amor perduraria por todas as gerações como um exemplo.



Toushirou caminhava distraído ao lado da Hinamori sorridente, ele sabia que ela falava porém estava distraído com um mau pressentimento, sentiu que algo o afastaria de Karin e o rosto triste dela quando ele saiu com a tenente estava cravado na sua memória para o atormentar ainda mais. Qualquer coisa que olhasse lembrava-lhe dela desamparada na cama de hospital, de seu olhar opaco antes de ser arrastado pela Momo.

Novamente Hitsugaya sentiu algo estranho dentro de si, um mal-estar prolongar-se pelo seu peito. Ele tentou pronunciar-se, pedir ajuda à sua amiga de infância mas a boca nem se abria para sair um mísero som. Ele tentava manusear seu corpo mas este não lhe obedecia e foi nesse momento que viu Momo aproximar-se dele. Talvez pelo seu silêncio sepulcral ela tivesse percebido que ele estava mal. Não deveria ter ignorado o que sentiu, devia ter conversado com a capitã Unohana.

Mas todos os seus pensamentos foram apagados quando em vez de ouvir a voz preocupada de Momo sente os lábios dela sobre os seus. A iniciativa de Momo foi o desenlace para que toda a catástrofe se iniciasse sobre a vida do capitão de gelo e de Kurosaki Karin.

Entre o toque dos lábios, o futuro indefinido era desenhado sob o silêncio da incerteza.
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Nyu-chan
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MensagemAssunto: Re: A História de Karin   A História de Karin Icon_minitimeTer 14 Out 2014 - 19:57

Maldita Hinamori... depois reclama quando colocam fogo no cabelo seboso dela.... (ok, eu deveria estar menos revoltada, mas simplesmente não consigo)
Enfim... amei o capítulo, ficou perfeito como sempre. E essa Fujin ainda vai me matar do coração com todo esse suspense
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