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 A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII

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charlote-chan
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charlote-chan


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Personagem Favorito : Toushirou, Karin, Asuna, Kirito, Ichigo, Natsu, Lucy, Erza, Juvia, Gray, Shaoran, Sakura, Kurogane, Tomoyo, Rukia, Byakuya, Sesshouramu, Kagome e entre outros
Anime Preferido : Bleach, Fairy Tail, SAO, Sakura Card Captors, Tsubasa Chronicle (OVAs), InuYasha, Dragon Ball Z, Ao no Exorcist, Vampire Knight, Toradora e muitos outros (shonen e shoujo:3)
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MensagemAssunto: A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII   A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII Icon_minitimeDom 31 Ago 2014 - 20:32

Notas da autora:

Yo, minna-san. Essa parte vem o resto do hentai. Bom, queria fazer o "momento" deles detalhado e ainda romantico. Não sei se consegui, vocês me dizem. Mas o importante é que nele vem a razão do título. Smile
Espero que gostei Embarassed

Companheira


Ela cravou as unhas na blusa negra do kimono, estremecendo e gemendo de dor enquanto ele se afundava mais dentro dela. Toushirou a tinha beijado segundos antes e agora entendeu. Para distrai-la e para evitar que aquele gemido os denunciasse. Abafando-o. Karin sentiu duas lágrimas escorrerem, involuntárias e detestou isso. Sabia que ia doer, só que não tanto. Mesmo gostando dos carinhos dele, se excitando, parecia que era mais apertada do que imaginava. Parando o beijo, sentiu os lábios dele enxugando suas lágrimas, carinhoso e então descerem para sua orelha.

KARIN POV

- Gomen.

Sorri ainda de olhos fechados. Toushirou parecia preocupado, mas ainda seu braço me segurava firme pelo quadril, me apertando contra o dele e tentei de verdade parar de tremer. Assim ele vai se arrepender. Tentei me mexer, mas ele me parou, me segurando no lugar. Pisquei confusa olhando para o lado, vendo as mechas brancas e escutei um risinho. Teria me arrepiado se não fosse que de mim que ria.

Movi o quadril de novo e senti a dor aumentar, fazendo o braço dele me segurar com mais força, me parando.

- Toush...

- Quieta ou vou acabar te machucando.

Arregalei os olhos, encarando o teto. Se debruçando mais, tomando o cuidado de não se mexer dentro de mim, sussurrou de um jeito terno no meu ouvido.

- Espere até se acostumar. Quando eu me acomodar direito começamos, está bem?

Fechei os olhos.

- Tá.

Eu estava nervosa, mas fiquei tão aliviada. A preocupação dele comigo aquecia meu peito, me relaxando e então ficamos esperando, até que parei de tremer. O braço no meu quadril afrouxou o aperto e me levantou um pouco mais. Quando Toushirou recuou um pouco entreabri os olhos surpresa então voltou a se afundar dentro de mim, gemendo rouco no meu ouvido. Eu mal assimilei a sensação e ele voltou a mexer. Entrando e saindo. Dessa vez não parando e indo bem devagar.

Comecei a ofegar, apertando o tecido nas suas costas. Ardia e doía um pouco.

Engoli em seco e fechei os olhos, agarrando suas blusas. Ele me penetrava fundo, eu senti o membro por inteiro dentro de mim. Mas Toushirou tinha muito cuidado. Pra me acostumar. Suspirei sentindo-o entrar, meu corpo se arqueando um pouco e seu gemido me arrepiou inteira. Foi quando a dor diminuiu mais e comecei a gostar. Parecia... que estava me massageando...

Quando moveu de novo, pra dentro e pra fora, gemi baixinho no seu ouvido. Toushirou soltou um gemido mais rouco, afundando o rosto no meu cabelo e se mexeu um pouco mais rápido. Suas mãos - a que agarrava o futon e a outra – escorregaram por minha pele até me segurarem firme pela cintura e me puxaram quando se enterrou. Fechei os olhos com força. Arquejando.

Mal tomei fôlego e ele me puxou de novo, arremetendo contra mim. Ofeguei e uma mão minha se soltou da sua blusa. Arremeteu outra vez e no movimento suas mãos me levantaram mais, suas pernas se dobrando, abrindo mais as minhas. Arquejei e virei o rosto pro lado, mordeu o lábio e agarrando seu braço. Meu Deus! Eu não queria gemer outra vez. Não queria que ninguém ouvisse, mas não pude evitar. Quando senti ele me penetrando fundo de novo, soltei um gemido fraco e longo. Ele arquejou e senti o volume dentro de mim aumentar, endurecer mais... Gemi surpresa.

- Toushi..

Seus dedos me apertaram. No segundo seguinte, ele se enterrou mais rápido e com força tirando meu folego. Mal puxei o ar e fez de novo. De novo e de novo até que meus pés quase não tocavam no futon. De tanto me puxar enquanto me penetrava forte. De tanta luxuria que ele sentia, quase ajoelhado entre minhas pernas do jeito como as suas estavam dobradas, se empurrando e recuando, estocando tão rápido que eu não precisei me mover. Meu corpo se sacudia pelos movimentos dele e tudo o que podia fazer era me agarrar nas suas blusas, escutando entre o barulho do choque de nossos corpos sua voz gemendo sufocada.

- Tão quente... Apertada.

Tinha tanto abandono. Ele dizia essas coisas sem perceber e a dor que eu sentia enquanto se movia tinha praticamente sumido, ficando uma ardência quente, gostosa. Era isso que era pra mim o que fazíamos. Gostoso. Tão gostoso. Meus dedos se cravaram mais nas suas costas e seu braço, arranhando mesmo através do tecido e ele gemeu mais alto, se enterrando e dobrando mais em mim. Isso fazia minhas coxas baterem nas suas pernas com menos estalo. A essa altura não respirava direito. Só arquejava e gemia, sentindo uma dorzinha de vez quando, mas era boa. Estava rezando pra que ninguém batesse na porta, não gemer alto também e engolir o quanto eu conseguia nos arquejos enquanto que ele abafava os seus no meu cabelo, que por algum motivo, não os soltou.

Pensei tonta de prazer enquanto encarava o teto de olhos baixos. Porque ele não os soltou? Desde aquele dia na biblioteca, toda vez que ficávamos sozinhos e rolava um clima, Toushirou sempre roubava minhas fitas. Segundo ele, as odeia. Ri de leve do que pensei o fazendo rir também e depois seus lábios estavam no meu pescoço beijando e mordicando, enquanto isso diminuía o ritmo. Mais controlado. Fechei os olhos sentindo suas mãos deslizarem outra vez. Afastando mais as abas da minha blusa. Uma delas escorregou para as minhas costas até seu braço me envolver, apertando e depois deslizando a mão até a minha nuca, onde me agarrou pelos cabelos e inclinou meu pescoço, expondo pra sua boca. A outra mão desceu lentamente pelo meu quadril, enquanto ele ia mais devagar. Seus dedos seguiram caminho até minha coxa, onde passou a alisar e massagear, no mesmo ritmo que se enterrava. Lento e lascivo. Seus dedos foram dando a volta e subindo até o fim da minha nadega e apertaram. Ofeguei gemendo e subi as mãos por suas costas, até segurar seus cabelos o puxando pra mim. Sua boca deslizou pela minha garganta, meu queixo até chegar a minha boca, onde me beijou profundamente.

Tentei beijá-lo do jeito que fazia comigo e parece que deu certo. Toushirou gemeu e se afundou com mais força dentro de mim, voltando a acelerar só um pouco. Ele passou a me beijar de um jeito, imitando com a língua o que fazia comigo... Isso me deixou mais molhada, excitada e comecei a sentir uma coisa estranha, uma urgência crescendo no meu ventre que paralisava minhas pernas e um calor que não parava de subir.

Quando a ar faltou, Toushirou continuou se movendo rápido e forte, apoiando a testa na minha e percebi o quanto nós dois estávamos suados, febris e isso me fez apertar os olhos, tirando as mãos de seus cabelos e agarrar com mais força sua blusa negra enquanto comecei me tremer em espasmos. Cada vez que ele me penetrava, eu me tremia mais. Num frenesi o abracei com as pernas e ele se enterrou mais fundo. Toushirou foi mais rápido e forte, um braço seu me apertando e levantando ao me penetrar, sua outra mão agarrando e soltando minha nadega. Meu... meu Deus. Eu tinha impressão que arrebentaria com essa pressão toda e ia adorar isso. Então, sem aviso uma explosão inundou meu ventre, estilhaçando minha mente e tudo o que eu sentia era uma sensação aguda e gritante que paralisou meu corpo inteiro, tirando meu ar. Eu nem conseguia falar. Um líquido quente escorreu por entre minhas coxas, fazendo o sexo dele deslizar mais fundo, melando sua calça...

Uns segundos. Foi o que durou a sensação e caí inerte no futon, até minhas mãos que o agarravam pelas costas escorregaram.

Toushirou ofegou mais forte, surpreso com meu orgasmo então seus dedos me apertaram, arremetendo mais uma vez e parou. Ele me soltou do aperto e se ergueu, suas mãos escorregando até pararem na minha cintura, onde me agarraram. Ficou sentado entre minhas pernas e senti um frio na minha pele nua e suada. O vento que girava leve a nossa volta me arrepiando. Nem me importei que ele me olhasse com cobiça, me observando de olhos baixos enquanto eu tremia e ofegava sem fôlego. Deitada e exposta desse jeito pra ele me fez achar que admirava o estado que me deixou. Entregue e vulnerável.

Quando estava quase dormindo, o volume dentro de mim pulsou mais forte e me agarrando mais firme pela cintura, Toushirou me levantou. Meu corpo se arqueou pra trás enquanto me puxava devagar até ficar sentada no seu colo. Meus braços lhe dando um fraco abraço. Eu estava tão mole, tão tonta que me surpreendi quando me inclinou de novo, só um pouco, enquanto escorregava a boca pelo meu pescoço, descendo lentamente pelo colo até chegar ao meu seio. Onde lambeu por completo e começou a sugá-lo. Ofeguei e me segurei no seu ombro, enquanto deslizava os dedos até sua nuca, agarrando seus cabelos. Ele me sugava forte, fazendo barulho.

Abri os olhos um pouco, me lembrando que estávamos trancados num quarto do alojamento e ainda por cima num horário onde todo mundo estava acordado. Que loucura. E saber disso me excitou mais. Toushirou percebeu e seu braço esquerdo deu a volta pelas minhas costas, me ajeitando melhor. Largando meu seio ele se inclinou um pouco pra trás, me apertando contra ele e sua mão direita escorregou pelo meu quadril até me segurar pela nadega, me erguendo. Entendi o que queria e me segurei (mesmo fraca) ainda mais no seu ombro. Devagar desci e levantei nos fazendo gemer de novo. Meus seios se esfregando no peito forte dele aumentando a sensação. Mexi o quadril ondulando ao subir e descer e Toushirou escondeu o rosto na curva do meu pescoço. Ele ofegava forte, trêmulo, a cada vez que eu descia e levantava. Então firmei mais as pernas, segurando seu braço pra me apoiar melhor e me movi mais rápido ondulando o quadril.

Toushirou gemeu sufocado, seus dedos agarraram minha blusa. Sorri fraca e continuei. Escutando abafados seus gemidos. Vez ou outra dizia meu nome e gostei disso. Arrancar essas reações dele. Afinal, antes era ele quem ditava o ritmo. E puxa... Desse jeito era bom. Muito bom. Mordi o lábio, fechando com força os olhos por um momento. Por isso ele tava gostando. (pelo ao menos eu acho)

Quando parei, sem forças mais pra continuar, Toushirou me ajudou. Sua mão direita me ergueu enquanto se afundava ao meu abaixar. Fechei os olhos, sentindo aquela urgência de novo no meu ventre e o calor. Mas de repente, meu nariz começou a incomodar, a arder e minhas pernas onde nossas blusas não cobriram se arrepiaram, mais tremulas. Demorei pra perceber que isso era frio. Eu estava me tremendo de frio.

Entreabri os olhos, tonta de prazer encaixada nele desse jeito, meus seios inchando pelo roçar no seu peito e me espantei. Enquanto o vento continuava como uma brisa suave, o piso inteiro estava coberto por camada fina de gelo que subia agora pelas paredes. Ai, caramba. Fechei os olhos, sentindo mais frio e calor (nem sei como consegui isso) e sussurrei apavorada e ofegante no seu ouvido.

- Toushirou... O... Ahn...

Gemi quando ele se enterrou com mais força ao me ouvir dizer seu nome.

- Hã?

Ele estava tão tonto e perdido como imaginei. Espiei as paredes e gemi apavorada e ofegante de novo. O gelo chegava até o teto!

- O quarto... Tá congelando.

Apertei os olhos com força, escondendo meu rosto no seu ombro e sua cabeça se ergueu. Senti quando prendeu a respiração surpreso e apertei mais dedos.

- Mas que... Droga.

Ri do que disse. “Droga”. Me apertando contra ele, ainda nos movendo, Toushirou respirou fundo, tremulo e lentamente. Levantei um pouco o rosto e vi o gelo desaparecendo, descendo da parede se recolhendo da porta (ai, caramba) até onde estávamos. O quarto voltando a ficar quente, pelo ao menos pra mim e relaxei de novo. Se ninguém notou foi por um milagre. Mas não demorei pra pensar, aquela sensação aguda estava voltando, mais gritante que antes. Me descendo com força, aumentando o ritmo minha mente se estilhaçou de novo enquanto meu corpo inteiro ficava tenso. Trêmulo. Parei de respirar, chocada com o que estava sentindo e desabei nos seus braços. Toushirou parecia que tinha engolido o fôlego e estremecendo como eu, me agarrou de uma vez pela cintura e me puxou se enterrando fundo em mim.

Segundos depois um líquido quente inundava meu ventre.

Naquele caos que estava minha cabeça, consegui entender e me segurei nos seus braços, até que depois de um longo minuto parou. Afrouxei o aperto ficando sentada e inerte no seu colo. Toushirou apoiou a testa na minha, suado e febril. Ofegante como eu de tão cansado. Não sei quanto tempo ficamos assim, acho que foi minutos ou será que foi horas? Perdi toda a noção de tempo. Grogue nessa sensação entorpecente.

Ele me inclinou para trás, acho que pra me deitar, mas ao se ajoelhar só um pouco, desabou em cima de mim e caímos os dois. Exaustos e trêmulos. Seu peso me prensava no futon, mas não liguei. Eu me sentia tão leve e tonta. As dores na minha intimidade que parava de latejar agora não me incomodavam tanto (era essa a impressão que eu tinha nesse estado aero). Com nós dois deitados desse jeito, Toushirou largado e ofegante em cima de mim, escorreguei os braços para abraçá-lo, mas antes que o envolvesse ele se apoiou numa mão se erguendo.

- Um minuto.

Franzi a testa, estranhando. Toushirou se levantou e virei o rosto enquanto segurava a faixa branca da calça, levantando-a. Foi nesse instante que tomei consciência de como eu estava. Nua, exceto pela camisa branca do meu uniforme da Academia. Descabelada, mesmo com as fitas e coberta de marcas vermelhas. De dedos e beijos. Meu rosto pegou fogo e fechei a blusa de uma vez, sentando encolhida no futon e sibilando.

Itaiii!

Meu ventre e meu sexo doíam mais do que imaginava.

Apertando as abas da blusa, encarei meus joelhos sentindo tanta vergonha, que quase não ouvi um barulho. Olhei sobre o ombro e vi Toushirou meio de costas pra mim. As blusas negra e branca do kimono abertas e soltas. Puxa, ele perdeu mesmo a vergonha ao contrario de mim. Então reparei no que estava fazendo. Tinha uma bacia pequena com água numa cantoneira de madeira. Era para lavar o rosto e ele despejava um jarro nela. Franzi a testa, estranhando mais. Toushirou colocou o jarro de volta e abriu a mão. Em segundos uma pedra de gelo cresceu na sua palma. Levantei as sobrancelhas e lembrei quando visitamos a vovó Haru, de quando ainda era viva. Ele fez um bonequinho de gelo do nada e deu praquele espirito. O que ia fazer com aquilo?

Como se respondesse minha pergunta seu punho se fechou, quebrando a bolinha e em seguida jogou os pedaços na água. Depois ele mergulhou os dedos, sacudindo de lá pra cá, de cabeça baixa e concentrado naquilo.

- Ah... Toushirou?

- Hum?

Ele nem olhou pra mim. Isso me deixou mais confusa.

- O que você tá fazendo?

Ele sorriu, divertido com minha pergunta.

- Analgésico.

- Tá...

Apertei os olhos, estranhando ainda mais. Balançando a cabeça, ele riu de leve e pegou um pano, mergulhando-o na água.

- Deixe de ser cética, Karin. Isso aqui é pra você.

- O que?

Mais confusa ainda o observei enquanto pegou mais outro pano e se virou, trazendo a pequena bacia. Ele se espantou ao me ver toda encolhida e vermelha e depois me olhou risonho. Virei a cara, apertando mais a blusa. Idiota. Ao se sentar no futon, colocou a bacia ao lado e se virou pra mim. Seus olhos estavam mais risonhos e brilhantes e notei também um corado leve no seu rosto, pescoço. Meu rosto ficou quente de novo e encarei meus joelhos. Ai, que vergonha.

- Algo errado?

Sua voz estava divertida. Droga, porque não ficava tão constrangido quanto eu?

- Não.

- Seu rosto está vermelho vivo.

Apertei mais as abas.

- Eu sei.

- É porque transa...

Levantei a cabeça com raiva e mais vermelha. Toushirou me encarava quase rindo.

-Baka! Não fala assim! Dá vergonha!

Levantando uma perna, Toushirou apoiou o cotovelo no joelho, sua mão ainda segurava o pano e ao se inclinar pra mim, ele me olhou de um jeito carinhoso e risonho, esfriando minha raiva e me deixando mais sem graça.

- Não precisa ficar com vergonha.

- Fácil você falar. Eu... eu nunca fiz isso antes. Nunca tive um namorado! Dizer esse tipo de coisa sempre me envergonhou e agora...

- Fez comigo.

Arregalei os olhos, espantada.

- Para com isso!

Toushirou riu do meu jeito e parecia tão relaxado. Olhando para ele quieta vi o quanto é bonito. Caramba, ele é mesmo lindo. Atlético, pele amanteigada, olhos verdes e esse cabelo, branco como a neve e agora todo desalinhado. O que será que ele viu em mim?

Tomando folego do riso, Toushirou me encarou calmo e esticou a mão livre até meu rosto. Quieta, assisti ele puxar as fitas, uma por uma e soltando meu cabelo. Em outro momento teria brigado, mas agora eu me senti tão delicada, principalmente quando umas mechas caíram em volta do meu rosto e devagar, com cuidado, ele afastou um lado e prendeu atrás da minha orelha, olhando pro próprio gesto distraído. Então, me encarando travesso puxou a mão. Não entendi, até que vi as fitas enroladas no seu punho.

- Vou ficar com elas.

Suspirei cansada.

- Eu não entendo porque faz isso. Quantas você já tem?

Fingindo pensar, Toushirou mergulhou o pano na bacia o sacudindo e depois o apertando.

- Algumas.

Bufei então se virou pra mim. Com o pano numa mão, segurou meu joelho com a outra e o afastou. Dei um pulo, chiando e fechando de novo. Ele me olhou com paciência

- Calma Karin.

- O que você tá fazendo?

- O que lhe disse. Não precisa ficar nervosa.

Olhou pra baixo e afastou meu joelho de novo. Pulei com seu toque, o fazendo me encarar entediado. Não liguei. Era muito estranho.

- Para.

- Tsk, como é teimosa.

Então, deixando o cuidado de lado segurou meu joelho outra vez junto do outro me virando de frente pra ele. Ignorando meu esperneio, passou as mãos debaixo das minhas pernas até minhas panturrilhas e as segurando abriu mais minhas pernas. A vergonha me inundou quando ele olhou pra baixo, para minha vagina e como senão fosse nada demais! Tentei fechar as pernas e Toushirou me segurou com força, mantendo-as abertas. Eu conheço essa posição, vi meu pai fazendo várias vezes em partos. Mas eu não estava tendo um bebê!

- Para com isso!

- Karin é para seu bem.

Suspirando cansado olhou pra mim, parando meu esperneio. Ele estava preocupado comigo, percebi surpresa.

- Eu sei que está doendo. Muito. – estreitou os olhos, triste – Um pouco de gelo e água fria vai diminuir a dor. E não precisa se envergonhar comigo.

Sorriu um pouco e fiquei muda. Me puxando mais pra ele, Toushirou passou minhas pernas em cima das suas, ficando entre elas como um obstetra. Olhando pra baixo ele passou o pano devagar e o choque térmico me espantou. Levantou o olhar pra mim, mas virei a cara constrangida, então continuou. Me limpando totalmente até jogar o pano pro lado. O espiei de canto e pegou o outro que estava mergulhado na água fria. Com esse, o deixou um pouco empapado e o dobrou, com pedaços de gelo nele. Se virando pra mim, colocou com cuidado e dei um pulo.

Toushirou me olhou triste.

- Gomem.

- Não, tudo bem. Vai melhorar, não é?

Não disse mais nada. Só o apertou e o segurou por uns minutos. Era muito constrangimento, eu nem conseguia olhar pra ele e realmente... Tava funcionando. Sem perceber relaxei e ouvi o quase riso. Não quis levantar os olhos, continuei encarando meus braços cruzados enquanto ele... Cuidava de mim. Isso me surpreendeu. Toushirou estava cuidando de mim. Desde aquele dia que abriu meu pulso, notei que seu comportamento mudou um pouco. E tive um estalo. Ele se sentia culpado. Por me machucar.

Depois de umas compressas de gelo e água fria, se afastou levantando com a bacia e olhei de relance pra ela. A água estava um pouco vermelha, de sangue. Engoli em seco e abaixei as pernas. Toushirou a deixou num canto e foi até mim, sentando do meu lado com um lençol no braço. Já ia perguntar pra quê quando o abriu um pouco e forrou o lugar onde nós... Onde eu e ele... Bem, ele o forrou e me puxou pros seus braços, me envolvendo neles e deitando comigo. Ficamos de lado, um de frente pro outro descansando a cabeça no seu haori e fechei os olhos. Eu não disse nada apenas me aconcheguei no seu peito me encolhendo e o fazendo rir. O braço que estava debaixo de mim se mexeu até ficar sob minha cabeça, como um travesseiro.

- Melhor?

- Um hum – suspirei sentindo seu cheiro gelado – Arigatou.

- Pelo o quê?

Seus dedos brincavam com umas mechas do meu cabelo, alisando e enrolando.

- Por cuidar de mim. Aquele troço funcionou.

Me aconcheguei mais, tão cansada. Seu peito tremeu de riso, abafado para nenhum de seus soldados ouvir. Afinal, de vez em quando alguém passava no corredor, mas não me importei, só queria dormir.

- Karin?

- Hum?

Ele prendeu o fôlego, esperando. O sono veio tão pesado que quando achei que já tinha dormido senti sua respiração na minha franja, tremula e insegura.

- Acho... que te amo demais.

Então me apertou, estendendo uma aba das blusas branca e negra do shihakushou, me cobrindo um pouco. Meus olhos estavam arregalados de assombro, com o coração disparado pelo o que ouvi.

KARIN POF

HITSUGAYA POV

Acordei cedo como sempre, mas não abri os olhos. Continuei deitado e pensei que finalmente enlouqueci. Havia sonhado que estava com Karin. Eu e ela tínhamos nos entregado dentro de um quarto do alojamento do esquadrão e havia sido tão bom, tão incrível. Eu me sentia extasiado por ela ter confiado em mim, de ter me entregado sua virgindade (coisa que não fez a outro, graças a Kami) e adormecemos no quarto, abraçados. Eu estava mesmo louco. Sentia aninhado em mim o corpo quente da garota, debaixo do meu nariz seu cheiro de chocolate. Entreabri os olhos pra sair dessa tortura e prendi o folego.

Baixei o olhar, encarando uma cabeça coberta por uma cabeleira negra. Sedosa e comprida. Ainda era noite, mas via distintamente sua bochecha. Me inclinei um pouco, me afastando e deslizei os olhos nela. Encolhida e coberta somente pela blusa do uniforme suas pernas estavam entre as minhas, procurando se cobrir com minha calça. Suspirei tremulo, de olhos arregalados e mirei para seu rosto. Relaxado de sono e num tom rosado. Meus lábios se abriram preguiçosos, num sorriso que a princípio nem percebi. Meu coração batia rápido e forte ao continuar olhando seu rosto. Era a coisa mais linda que já tinha visto. E melhor de tudo, não foi um sonho.

Escorreguei devagar para mais perto, bem lentamente para não acordá-la e fiquei deitado encarando seu rosto. Estendi o braço de novo, a cobrindo com a aba das minhas blusas e o apoiei no futon, não enrolando na sua cintura porque queria continuar admirando seu rosto adormecido. Parei de sorrir, suspirando pensativo enquanto sentia e deixava esse sentimento me inundar. Era quente, ansioso, destemido, bondoso, às vezes inseguro (como eu me sentia agora) e sem sombra de dúvidas, imenso. Engoli em seco, meu coração acelerado e me perguntei quando foi que me apaixonei por ela.

Não estava reclamando. Longe disso. Desde que percebi que Karin era muito importante pra mim, deixei de ver as coisas de modo tão sério. Fui obrigado a ser assim. Primeiro, quando criança as pessoas se afastavam de mim, só tendo minha avó e Hinamori como verdadeiras companhias. Depois, quando comecei a ter aquele sonho esquisito com um dragão de gelo e senão fosse por Matsumoto, teria matado minha avó com minha reiatsu. Fui obrigado a ficar desse jeito. A agir como adulto invés de ser um adolescente normal. Todos me temiam. Alguns admiravam e a maioria tinha antipatia pelo prodígio Hitsugaya Toushirou.

Estreitei os olhos, o sono esquecido e lembrei daquele dia. Uma bola de futebol rolando até mim e sem interesse devolvi pra sua dona. Ela me encontrou naquela colina enquanto eu estava trabalhando e disfarçado num gigai. Quase ri. Me convidando para jogar uma partida de futebol. Eu me perguntava porque raios essa garota (que não tinha vaidade) insistia no assunto e também me irritava ao me chamar de criança, como os seus amigos. Não podia culpa-la. Na época, realmente tinha tamanho e aparência de um garoto de uns... Sei lá, onze anos? Isso realmente me irritava.

Suspirei de novo, lembrando de outra ocasião quando a encontrei. Foi depois da batalha contra Aizen. Tinha tirado uma folga e... De novo... Me pediu pra socorrer seu time. Essa garota só pensa em futebol? Pensei na época comigo mesmo, mas ainda sim joguei e conversamos. Ela já sabia que eu era um shinigami e que conhecia seu irmão. Novamente me irritava ela ficar me seguindo, puxando conversa e foi quando conheceu a vovó Haru. Me espantava que conseguia ter assunto com ela e quando me ofereceu lugar pra ficar nesses dias sua irmã achou que namorávamos. Ri sem barulho lembrando mais nitidamente. Eu fiquei tão incomodado, tão irritado e Kurosaki Ichigo piorou me olhando daquele jeito, fingindo ciúme de irmão.

Suspirei de novo. Acho que foi por causa disso. Ao leva-la outro dia na casa de Haru Oba-san, a senhora também fez a gracinha de que éramos namorados. Desde essa folga, volta e meia pensava nela. Se ainda continuava jogando futebol, em como havia ficado com o passar dos anos. Com a revolta de Aizen, fiquei muito ocupado como todo resto da Brigada tentando estruturar tudo que aquele sádico manipulador desfez e nunca mais tive noticias suas. Até meses atrás e foi a pior de todas. Kurosaki Karin tinha morrido e foi enviada a Rukongai.

Quando ouvi isso não acreditei. Foi um choque. E mesmo triste com sua morte senti aquele espasmo estranho. Claro que fiquei abalado. Nunca tinha me passado pela cabeça que um dia isso iria acontecer. Ela era tão nova. No entanto, acho que me sentia preso pela diferença gritante e inegável que antes existia.

Eu – um shinigami

Ela – uma humana

Eu – uma alma

Ela – ainda viva.

O fato que Karin passou a ser uma alma, vivendo no mesmo mundo que eu me causou um espasmo involuntário de ansiedade quando ouvi seu irmão chorar, dizendo seu nome. Foi tão vergonhoso, tão impróprio e num momento de sofrimento ainda mais, mas ainda sim senti isso. Era uma chance que sequer notei que esperava. Uma chance não de vê-la morta, mas de um futuro que pudesse durar. Sem barreiras. Eu realmente estava apaixonado por ela e nem tinha percebido e agora, a olhando dormir tão tranquila nos meus braços, entendi que esse sentimento cresceu. Cresceu, mudou e ontem antes de dormir confessei tremulo e inseguro para ela. Eu a amo.

Suspirei outra vez, meus olhos brilhando de tão espantado ao cair em mim. Meu Deus! Eu amo mesmo essa garota! E de uma maneira tão profunda. Cheguei mais perto, fechando os olhos e encostando a testa na dela. Meu braço enrolando em sua cintura. Karin tinha um cheiro tão gostoso. Chocolate. Sorri sozinho. Precisei ficar bêbado e roubar suas fitas de cabelo para descobrir. Respirando fundo enchi os pulmões dele, relaxando. Nunca vou contar que coleciono suas fitas de cabelo por causa do seu cheiro.

Abri de novo os olhos, pensativo sobre o que houve conosco. Não foi uma simples noite fogosa pra mim, ela não era uma meretriz para ser tratada desse jeito e muito menos passaria a ser somente minha amante. Pensei seriamente, o que Karin significava pra mim agora?

Namorada? A palavra me soou como muito pouco agora.

Parceira, então?

Naquela luta onde fizéssemos a barricada, só nós dois. Foi uma experiência de tirar o folego. Sem explicar, ela sabia o que eu ia fazer e vice-versa. Nossos ataques e defesas combinados causaram tanto reboliço que nos apelidaram. Sorri de novo. “Tempestade de Gelo”. As zanpakutous supremas de Gelo e Vento lutando juntas. Nada mal.

Contudo, Karin não era apenas isso pra mim. Era mais. Gosto da sua companhia, gosto do seu jeito. Lutar ao seu lado é incrível e com certeza meu desejo por ela não é nada pequeno. Mas quero protege-la, quero cuidar (como fiz ontem) Eu quero... Viver ao seu lado. Sabendo que é minha e só minha, como eu pertenço à ela e de mais ninguém.

Suspirei de novo. Que complicado. O que ela é pra mim? Então tive um estalo. Claro, como não vi antes? Hyourinmaru já me disse várias vezes. Karin era minha Companheira. Alguém que se encaixa perfeitamente no que sinto. Outra palavra equivalente seria Esposa. Mas logo será assim também. Isto é, se ela me aceitar como marido. E eu faria questão em insistir até que diga sim.
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Lidi_Nalu
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MensagemAssunto: Re: A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII   A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII Icon_minitimeSáb 6 Set 2014 - 18:16

Ownt' Apaixonei... Que Perfeito *o*
Toushirou, tão fofo, doce e cuidadoso com ela (seu gostoso)!
Karin, sua linda, fofa e perfeita ^^
Awww,, Eu Ameeiii, Tão hot e (cold é clarokk') Mas tão ardente e Apaixonante!  Ohhhh Paixão *o*
I love you Ta de Parabens.. ^^
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Nyu-chan
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Nyu-chan


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A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII Empty
MensagemAssunto: Re: A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII   A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII Icon_minitimeSex 12 Set 2014 - 22:23

*¬* Mds, eu não sei se tenho uma hemorragia nasal ou se eu vomito arco-íris.... por via das dúvidas, estou fazendo os dois depois de ler esse capítulo.
Esse é definitivamente o melhor hentai que eu já li na minha vida (e olha que eu já li muitos)! Além de fofo e extremamente sexy, essa parte acabou ficando totalmente inserida na história e o mais importante: sem parecer mais um fanservice vulgar. Até as palavras escolhidas acabaram tendo um enorme peso no resultado final, que não poderia ser mais perfeito! Além disso, eu amo esses seus capítulos enormes que precisam ser divididos <3
Simplesmente amei!
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MensagemAssunto: Re: A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII   A paixão do capitão de gelo - Capitulo XVII Icon_minitime

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