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 The Hell Verse

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Rukia-nee-san
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Rukia-nee-san


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MensagemAssunto: The Hell Verse   The Hell Verse Icon_minitimeSáb 20 Set 2014 - 15:37

Capítulo 13 - O Emurchecer das Pétalas de Cerejeira

Rukia permanecia em cativeiro, com seus pulsos sendo sufocados pelas correntes enferrujadas. A shinigami mantinha a cabeça apoiada em seu braço suspenso pela bracelete. Entre o silêncio maçador, consegue escutar algo a ranger, contrariando os músculos doridos ela ergue o olhar e encara Kaien com uma expressão tenebrosa.

A morena estranha o facto de um de seus olhos estar vendado mas achou inapropriado preocupar-se com ele, afinal eram inimigos, mesmo que num passado longínquo tenham sido amigos, isso não tinha qualquer interferência no presente. Seus olhos violetas, por fim, repararam no motivo da visita inesperada: Kaien impiedoso trazia uma injecção com suas proteínas, aproximando-se dela, para a inseri-la em seu pescoço.

A Kuchiki grunhiu de dor, ao sentir o líquido fluir para dentro de seu corpo. Kaien mantinha uma expressão impassível, e Rukia numa técnica para relaxar o corpo decide iniciar um diálogo com o seu sequestrador.

- O que pretendem de mim?

Silêncio.

- Se me quisessem morta já o teriam feito, mas não percebo o motivo para me obrigarem a lutar com o outro pecador…

Kaien aumenta a pressão da injecção, fazendo com que Rukia gritasse agoniada pelo ardor em seu pescoço. O ex shinigami encara o membro da família Kuchiki, indiferente. Suas palavras eram mecânicas, como se tivessem sido programadas por seu Kokuto.

- Seria imprudente da nossa parte não conhecermos as limitações de nosso inimigo, não concordas Rukia?

- Quer dizer que fizeram aquilo tudo… Só para conhecerem o meu poder!?

- E assim garantir que não poderias escapar.

- Eu tento perceber, de verdade que tento… Mas nada, nada mesmo justifica estas atitudes Kaien-dono! Como é possível aquele que me ensinou tudo o que eu sei hoje, ter-se tornado naquilo que está na minha frente!?

Kaien perdendo a calma que mantivera até àquele momento, agride a prisioneira atingindo-lhe a face e agarra o pescoço de Rukia, asfixiando-a.

- Não fales do que não sabes! Tu não imaginas por tudo o que eu tive de passar, por aquilo que eu sofri…

- E você imagina o que eu sofri? Durante anos pensei que o meu sensei tivesse morrido por minha culpa, tudo porque tive medo e fugi, por não o ter ajudado numa batalha. Que eu tenha o morto novamente na luta contra o espada, e principalmente a dor de ter de assumir um posto que foi seu… Mas isso não é justificação para fazer o que faz! Para isso temos nossos amigos, para dividir nossas dores.

O aliado dos pecadores afrouxou o aperto, permitindo que a shinigami pudesse respirar de alívio. De certa forma ele estava orgulhoso, aquela já não era a jovem acanhada que ele conheceu, ela era uma guerreira. Uma mulher que batalhava pelo que acreditava, tal como ele foi um dia.

- Não estou surpreso por teres conseguido converter-te na tenente do esquadrão, sempre tiveste grandes capacidades. Isso não mudou…

- Infelizmente, outras coisas mudaram…

O sorriso imperceptível de Kaien desapareceu por completo ao escutar as palavras de Rukia amargurada, mas decidida.

- …Nós somos inimigos, e nunca te perdoarei por isto!





I&R





Na Soul Society, a lua minguante reinava no céu, o suficiente para iluminar a noite tranquila. Byakuya admirava a foto da sua esposa falecida enquanto recordava um dos piores momentos de sua vida.



FLASHBACK ON



O início da floração das cerejeiras marca o fim do inverno e a chegada da primavera. A cerejeira fica pouco tempo florida, por isso suas flores representam a fragilidade da vida, cuja maior lição é aproveitar intensamente cada momento, pois o tempo passa rápido e a vida é curta.

Era uma manhã esplendorosa para a mansão Kuchiki, Byakuya estava no jardim quando uma borboleta infernal apoia-se em seu ombro, transmitindo a sua mensagem. O capitão não se admirou que fosse de seu tenente e de que este iria ausentar-se para ajudar o substituto de shinigami, na verdade ele até pretendia isso mesmo. Porém, o conteúdo da mensagem o apanhou desprevenido.

Capitão, irei com Ichigo resgatar a Rukia do Inferno.

Em anos, a face gélida do shinigami contorceu-se numa expressão lastimável. O moreno sentiu uma dor familiar em seu peito, não sentia algo semelhante desde a morte de Hisana. Ele suponha que fosse algo de grave para Rukia desaparecer deste modo porém nunca tão tóxico. Porquê logo o Inferno? Todo o shinigami tinha um prazo limite -dependendo da quantidade da sua reaitsu- para permanecer naquele lugar, até se tornar num pecador também.

Ao ter uma tontura, acaba por cambalear, enquanto recordava alguns momentos que passara com Rukia, da sua máscara de frieza para com ela no início. E principalmente as barreiras que seu orgulho impuseram em seu coração, não permitindo ser sincero com os seus sentimentos relacionados à sua irmã.

Shinigamis não deveriam ser tão sentimentais. O sentimentalismo provoca danos irreparáveis ao coração e isso pode ser prejudicial ao trabalho de guiar as almas humanas até a Soul Society, para que descansem em paz.

Um capitão deveria estar muito acima desse tipo de preocupação tão incrivelmente humana. Pensar como os vivos era algo enfadonho e ridículo. Capitães costumam saber disso. Ao menos para ele, Kuchiki Byakuya, tinha certeza absoluta de que com sua experiência, era inconcebível se deixar levar por imagens criadas pelo coração.

Ser um ceifador de almas deveria dar ao homem o poder de controlar tais sensações. Mas o que de diferente tinha Byakuya de outros homens? Apenas o fato de carregar uma espada e ser chamado de capitão já o tornava muito mais diferente. No entanto não era só isso; era mais o fato de ter amado uma mulher a ponto de quebrar as regras da família e da sociedade dos shinigamis, a ponto de adoptar uma outra como irmã e assegurar a todos que fora somente pela incrível semelhança dela com sua tão querida esposa que falecera pouco tempo antes, sendo que no fundo estava mais uma vez quebrando regras por amor à sua bela Hisana.

Porém era inegável o fato de que Rukia, sua irmã adoptiva, era incrivelmente parecida com Hisana. Desde as maçãs do rosto até a ponta dos dedos. Tão semelhantes que qualquer um poderia acreditar ser apenas Hisana depois de rejuvenescer alguns poucos anos. E por muitas vezes Rukia fora confundida com Hisana por shinigamis pouco informados sobre a morte da última. Byakuya lembrava-se muito bem do rubor que subia ao rosto da jovem quando algum desavisado a cumprimentava chamando-a de Sra. Kuchiki ou até mesmo de Hisana.

Era sempre doloroso ter de explicar sobre a morte de sua amada, mas jamais reclamara de explicar seu parentesco não-sanguíneo com Rukia.

Depois de observar a irmã algum tempo, Byakuya notou que não conseguia ver nela a mesma beleza floral que encontrava em Hisana anos atrás, porém conseguia enxergar uma luz que só ela emanava com seu rosto irrequieto.

Havia uma beleza infantil nela. O líder Kuchiki acreditava que os shinigamis amadureciam mais devagar, pois Rukia não tinha nenhum traço de maldade adulta que ele conseguia distinguir tão fácil nos rostos dos outros conhecidos capitães.

Talvez o tempo fosse capaz de implantar a malícia nas pessoas; usando, quiçá, armas pontiagudas e mordazes. Ele acreditava que sua companhia era, para Rukia, uma dessas armas, a implantar nela a necessidade de se tornar forte e independente para conseguir um dia encará-lo sem tremer sempre que o via.

Foi sempre nisso que acreditou. Porém percebera que estava errado, quando sua irmã foi salva pelo shinigami ruivo… Ele percebeu seu erro. Ele não pode proteger Hisana, e quase perdeu Rukia também. E novamente enfrentava a possível perda da única lembrança da mulher que amou, da criança que ele aprendeu a cuidar e a gostar.

“Triste como uma flor de cerejeira, que já fora condenada pelas linhas do futuro, e que o passado com suas memórias ainda à de castigar, apenas aguarda o momento em que pétala por pétala sua vida à de findar.”



FLASHBACK OFF



O capitão fechou as portas silenciosamente, dirigindo-se aos seus aposentos. Ele sabia que Rukia não teria o mesmo que fim que Hisana, porque mesmo sendo tão parecidas, quase irmãs gêmeas, elas eram completamente diferentes.
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